Batalha dos Guararapes | |||
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Insurreição Pernambucana, Guerra Luso-Holandesa e Guerra da Restauração | |||
Batalha dos Guararapes, óleo sobre tela por Victor Meirelles | |||
Data | 18 e 19 de abril de 1648 (primeiro confronto) 19 de fevereiro de 1649 (segundo confronto) | ||
Local | Morro dos Guararapes, Capitania de Pernambuco (Brasil Colonial) | ||
Desfecho | Vitória portuguesa | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
Forças | |||
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Baixas | |||
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A Batalha dos Guararapes foi um confronto militar travado em 18 e 19 de abril de 1648 e depois em 19 de fevereiro de 1649, entre o Exército da Holanda e as tropas do Império Português. As batalhas aconteceram no Monte dos Guararapes, localizado na atual Jaboatão dos Guararapes, município da Região Metropolitana do Recife, na então Capitania de Pernambuco, atual estado de Pernambuco.[2] Ocorreu no âmbito da Guerra da Restauração da independência de Portugal face à Espanha, levando as tropas portuguesas a recuperar os territórios ultramarinos (coloniais) que haviam sido ocupados pelos holandeses durante o domínio espanhol, tal como o Nordeste do Brasil e o Litoral de Angola e Timor por exemplo.[2]
A dupla vitória portuguesa, nos montes Guararapes, é considerada o episódio decisivo da Insurreição Pernambucana, que pôs fim às invasões holandesas no Brasil e ao chamado "Brasil Holandês" (Nova Holanda, para os holandeses), no século XVII. A assinatura da capitulação holandesa deu-se em 1654, no Recife, de onde partiram os últimos navios batavos em direção à Europa.[3]
O primeiro confronto, em 19 de abril de 1648, no qual as tropas da resistência que lutavam contra os holandeses eram formadas maioritariamente por portugueses nascidos no Brasil (brasileiros brancos, negros e ameríndios) e também por militares portugueses nascidos na metrópole, teve o objetivo comum de expulsar os invasores holandeses. Apesar deste confronto militar ter sido em defesa do Império Português, do qual o Brasil fazia parte, a data foi simbolicamente adotada como marco oficial do surgimento do Exército Brasileiro e por alguns acadêmicos como a consolidação da identidade trirracial brasileira[4].[5]